terça-feira, 27 de outubro de 2009

INCOBERTO

Incoberto

A vaginação do meu ser começa quando me descubro
E faço de tudo para ser melhor, intenso, mortal
Nas confusões de minha mente, sinto-me leite
Mesmo que derramado dentro de uma flor

Que de esplendor me faz viver, latejar, transpirar
De amor, desejo, sexo
E fico perplexo de como me faz sentir
Vivo e orelhando entre o seu corpo

E torto vou buscando maneiras de não desperdiçar
A minha volúpia...
Que me faz te possuir entranhamente
para sugar a sua fonte vital... Continuamente!

A vaginação do meu ser começa quando me descubro
E te incubro de beijos loucos, insanos e gulosos
Atrás e na frente em busca de teu ponto supremo
E me espremo entre a vida intensa e morte momentânea

Dentro de ti...

A vaginação do meu ser começa quando te descubro!

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Goles de fobia

Me pego pensando...
Amanheço comendo as minhas fezes de ilusão
Que às vezes, me faz transitar entre os mortos
E em cada copo de álcool, me sinto livre, cidadão
De um cão mundo, chamado: Sociedade!

Sem respeito a minha idade e sanidade
E em cada gole fico feliz por não estar na realidade
Pulso os meus pensamentos em gotas de alegria
Que as bebo com volúpia e sede...

Sede de fugir das verdades que costumo conhecer, conviver
Ou que sou obrigado a engolir... Consumir...
Mente e voz transplantadas pela reprodução social
Televisão... Um eremita cercados de pessoas

Que à toa me transforma num ser louco sensato
Livre e preso pelos grilhões sociais, políticos, remunerados
Onde me roubam tudo!... Menos o direito de comer as minhas fezes de ilusão
Num dia de verão... Como um vampiro audiovisual querendo belezas

Mesmo que falsas... Belezas!

E permaneço sem a minha natureza... Não encontrada...
Não vivida... Não consumida...
Sem nada!
E amanheço comendo as minhas fezes de ilusão

André Gomes - 2009

sábado, 19 de setembro de 2009

PAREDE SENTIMENTAL

O gelo derrete,
O vidro trinca,
O amor morre...

Porque o ser humano é tão complexo?
Não vê nexo em nada sólido
Só no quebrado, destruído, perdido...

A perda de uma lágrima interna
É a morte de um sonho que difere
Dos rios lacrimais externos e sedento de esperanças
Meu peito ferve, minha alma ferve, meu corpo ferve
De uma febre triste chamada desconfiança

E como uma lança, retalha o meu corpo, minha mente...
Fico como um demente palhaço cercado de dramas
Sem risos, sem os sons dos guizos... Mortos por você

Olhos cheios de pesares e tristezas não evoluem... Invisível
Imprevisível de realidades internas, sonhos tântricos
Mornos de teus beijos...
O gelo derrete,
O vidro trinca,
O amor morre...

EU QUERO VIDA

Quero viver
Quero olhar
Quero respirar
Quero transar

Amar...

Amo com corpo, coração e alma
Que me acalma
Que pulsa e me invade
Me traz só, comigo mesmo

Não estou a esmo
Sou vida, sou humano
E os meus prantos
Largo por aí...

Quero ovida
Não me importo com o resto

Quero vida
Quero ver
Quero inspirar
Quero sexo
Quero amar.

sábado, 27 de junho de 2009

Amizade

Amizade

É o perfume mais intenso que existe
Sem ele, somos um peixe sem água,
Uma flor sem sol,
Uma onda sem mar
Como é gostoso amar...

Amizade
Som que soa bem...
E também nos proporciona
Momentos de alegria
Picardia e sonhos

Amizade
É ter sempre um ombro
Embaixo de um escombro de problemas
Choros secos de dor
E molhados de carinho

Amor de amigo
É a coisa mais pura que existe
Por isso ele briga e insiste
Em ser amigo

Às vezes não entendemos,
Ficamos com raiva...
Mas ele está ali...

Amigo... Que bom ter você
Que bom te conhecer...
Por você quero morrer...
E nunca te perder...

Amigo!

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Devoção

A boca não é um órgão
É uma arma
É a melhor saída
Para quem ama

Beijar é gostoso
Muito saboroso
Prazeroso...
Nos leva ao gozo

A boca que percorre o corpo,
Costas, cintura, virilha.
Na vagina...
A boca é esplêndida

Sedenta de volúpia
Gulosa de prazer
Melhor que a boca
É a língua

Antologia Vital

O regime atual
Me estupra os sentidos
Perco a noção de mim
Do Estado, do universo.
Eu não sou mais frente e verso

Sou cópia, sou clone.
Da burrice que impera no mundo
De símbolos e ideologias
Somos pobres de utopias

Assim vivo
Esqueço de sentir a vida
Esqueço de “trepar” com vontade
Sinto-me máquina

Máquina movida a remédio
E terapias... Tédio!
Minha manutenção?
Somos tecnologia?

Estudo, brinco, durmo....
Quero grana e sonhos
De ser grande e poderoso
E depois?

Não precisamos mais de sexo
Num tubinho faz-se a vida
Será que somos tecnologia?

Antropofagia?
Psicopatia?
Esquizofrenia?

Nada...
Temos apatia pelas nossas vidas

RESISTÊNCIA

A luta não é armada
A luta é falada
Mas pra que tantas agruras
Se a verdade é predestinada

Fome, frio, castigo
Por que as pessoas não têm abrigo?
Será por falta de sorte?
Ou por falta de coragem?

Também é malandragem
O governo pouco faz
O povo pouco pede
No fim todos ficam pra trás

Chuvas, ventos, natureza
Brasil terra de muita beleza
Mas nosso governo não vê
E nos deixa apenas a incerteza

Certa e à deriva no cais!

segunda-feira, 30 de março de 2009

CONTEMPLAÇÃO

Sentimento de dor
Amor
Cornucópia de cores
Sabores perdidos
Sorrisos torcidos

Sofrendo de alegrias
Vivendo todos os dias
Amando
Olhando... desejando

Desejo sem toque
Platônico,
Irônico,
Astronômico

Deleite de beijos
Carícias
Beleza
Na dança... “Sexo”

Somos seres sem nexo
Quero-te no meu leito convexo
Para nos tornarmos um novo ser

Vamos ferver
Vamos nos inundar de prazer
Beijos molhados
Eu e você

sábado, 28 de março de 2009

AINDA...

Ainda sofro com os olhares
Insossos,
Desconfiados,
Analíticos

Ainda sofro por não ter você completamente
Intensamente como a minha alma,
A minha fome,
A minha vida,
A minha morte...

Ainda sofro sem o sopro do teu alento
Que é o meu tomento
Choro...
Lágrimas secas, intensas,
Internas

Intrinsecando a minha complexa mente
Tornando-me uma pessoa dependente
De seu amor incomensurável
E disputável por mim mesmo

Ainda sofro por te amar tanto
Tanto que não tenho substantivos e adjetivos para falar
Só sei demonstrar com meus beijos
Com meus olhos varejados de amor

O seu sabor me acompanha
E me banha dentro de um mar,
De um lago, de um rio, de um copo
No seu corpo

Ainda sofro, agora não mais
Pois nem a morte nos separará
Dane-se o mundo... Imundo!!!!
Não sofro mais, porque amo você

terça-feira, 24 de março de 2009

Me 'Chama'

Me ‘Chama’

O lance...
É jogar o meu corpo sobre o seu
De sentir o apogeu de sua respiração
De seu gozo
Multiplicado em meu ser

E viver com seu beijo
Seu hálito doce
Morrendo e vivendo
Pulsando em nosso amor

Que o sabor mais latente
Nos pertence no infinito
De coisas, e os outros... Morram!
Caminharei pelo oriente

Que “Kama Sutra” incendeie
As nossas vidas
Olhos,
Beijos,
Lábois, sexo,
Indescente...

Mas, coerente em nosso coito
Como um leve gosto de biscoito
Apimentado, almiscarado, adocicado
Levo-te em meus sonhos

Tristonhos... Sem noticias de você!

Morrer... Viver... Foder...

Sofrer... Amar... Afogar...

Suprimir!

Quero congelar esse calor interno...

Em ti!

quinta-feira, 19 de março de 2009

TRANSPORTAÇÃO

Década de 20: Educação parisiense, amor fluminense
O branquiamento do povo para Europa tropical
Sonho irreal se destruiu. (Ufa!)

Década de 30: Ideologias em explosão
Armas, pancadas, poder!
Numa só mão. Solução?

Década de 40: O rádio faz a festa
Ao som de tiros e bombas
Cassinos e vedetes
Canhões e mortes sem brancas pombas.

Década de 50: A imagem nos invade
A falsa caixa nos faz
O aparelho sinistro deixa o homem
Entusiasmado e incapaz

Década de 60: Explode a Revolução!
Sem solução, com mortes, exílios
E exclusões me transformaram.

Década de70: Outra revolução: a sexual!
O mundo se maquia da realidade
Crueldades são escondidas
Pessoas mortas e fodidas nas sombras do tempo

Década de 80: Novas idéias, alienação nova! Direta!
Já! Punks vêm à tona
Será um novo enunciado?
E daí para frente não se sabe mais de nada...

Década de 90: Fim do século e início de esperanças
Novo governo, pernas frágeis e muita fome
Globalizado povo, bobo e descansado que não se cansa
Contigo caminho junto na jornada aonde a vontade ALCAnça.

TORMENTO

Um dia te amei muito
Tanto que meu corpo se fragmentou
E minha alma se dilacerou
A morte da vida...
Se contemplou

Mas um dia caí na real
Livrando-me deste mal
Sucumbindo a minha vontade
Voltando a realidade...

Ainda sofro
Toda vez que te vejo
Te desejo
Te odeio

Te amo!

segunda-feira, 16 de março de 2009

SEDUÇÃO

Um beijo é muito bom
Um beijo é muito bom
Um beijo é muito bom

A língua que nos penetra à boca
Transcende sensações inominávies
Que passa por orifícios corporais
Virtuais e reais
É um espetáculo!

Um beijo é muito bom

quinta-feira, 12 de março de 2009

Talismã

Vejo o mar em seu horizonte infinito
Mas não o percebo, e sim o seu sorriso
O seu olhar. Quero mergulhar
Mas meu corpo não deixa

E se queixa dos beijos não roubados
E nem o perfume mais famoso
Chega perto do seu cheiro
Do seu gosto

Sem você fico perdido
Desnorteado
Tonteado
A cada minuto longe de ti não existo

E persisto em te querer e te amar
E quero ficar dentro de você
E você dentro de mim
Meu jasmim

No jogo da vida
Bebida, bebida, bebida
Embriague-me no seu licor
De carinho paixão e amor

terça-feira, 10 de março de 2009

O beijo mais doce

Quando estou pensando em você
Lembro de quanto era bom ser infante
Para não sofre de um amor ta feliz
Que quis e quero eternamente

Ah... minha mente...
Profana,
Fugas,
Morna e quente
Fria e indecente

Quando te toco,
Quando te beijo
O mais gostoso dos sentidos
Sofridos pela tensão dos hormônios

Mesmo como sinônimo
Te querer bem é te sentir bem
Essa boca linda de palavras meigas
E beijos ardentes
Me deixa demente

Em teus braços...

Em teu corpo...

Em teu amor...

Quero viver morrendo em você
Sou capaz de vender a minha alma ao demônio
Para ficar ao seu lado como um trapo
Sou vítima do amor...

Indolor e incolor
Onde vejo o arco-íris
Multiplicado infinitamente de cores
E as minhas dores se apagam

sábado, 7 de março de 2009

Amar & Amar

O meu sentimento por você é:
Indimensionalmente
Meu olhos sentem sua falta
Minha boca da sua
Me sinto solitariamente

Amando o seu jeito,
O seu corpo,
Os seus pensamentos

Estar com você me faz uma pássaro livre
Dos horizontes do mundo
Nem as ondas do mar são tão quebrantes
Quanto a mim
E neste amor sem fim... Te espero

Te desejo com esmero
De um pai ao esperar o primeiro filho
O cristal do meu coração é firme
Com seu amor
A minha mão está perdida sem a tua

Quero a tua alma nua para satisfazer
A minha vida...
Transborde o meu corpo com seu amor
Te amo e quero dividir isso com o universo

Sem frente e nem verso,

Somente te amo

Na Praça Tiradentes

Vida saída da vala
Dinheiro pouco coisa rala
Sem grana e sem graça
Abro as pernas na raça

Sou meretriz, sou piranha e puta!
Ganho a vida na luta
Me discriminam sem me conhecer (dane-se!)
De dia sou Maria, à noite sou um ser.

Putas varejeiras vagam na Praça
Sem vontade e sem prazer
Recebo qualquer real
Sem ideologia e sem ferver

Quando as minhas pernas se juntam
Volto pra casa desconjuntada
Com pão e leite
Para os meus filhos sobreviver

Fumaça

Nas ruas desgraça!
Governo sem raça!
Garotinhos, Garotinhas, Cabrais...
Sarração de idéias sem gozo final
Muita cachaça e ressacas permanentes
Sociedade sem graça!
Só mesmo... Fumaça!

Eterno Desejo

Numa noite clara
Eu escureço os meus pensamentos
Retruco as minhas vontades
Olho a lua e vejo o seu rosto

Seu corpo, num balé intenso.
De forma que falo por extenso
Curvas que levam a um caminho
De felicidades e devaneios

Quero te sentir, e te possuir.
Quero mais que teu corpo
Quero a tua alma
Para juntos dançarmos um ritmo imortal.

Vamos viver este momento
De todas as formas e posições
Kama-Sutra e imaginação
Serão detalhes entre nós

Do teu beijo, tiro o meu mel.
Do teu cheiro almiscarado
O teu cabelo adocicado
Meu amor serei teu escravo.

Dor de uma perda

Hoje estás perdido,
Encontra-se desiludido
Dos escombros do dia-a-dia
Ficaste infeliz e com cabeça arredia

Alguém quer lhe ajudar
Mas você não o deixa chegar
Entrega-se ao mundo
Totalmente sem rumo

O amor familiar se perdeu.
Porque você o esqueceu
Ainda o amam, é só chegar mais perto.
Para que tudo possa novamente dar certo

A tua fraqueza é revoltante
Procure ser mais forte e tolerante
Tudo na vida se resolve com esforço
Da labuta diária, roendo o osso.

Osso que a vida nos dá
Mas para gozarmos do melhor
Teremos que nos encaminhar
Por isso, seja mais você, e aprenda a pensar.

Da guerra ao pó

Guerra!
O teu nome nos soterra
Queremos paz nesta Terra

Torres caindo,
Vidas se dividindo
O país da oportunidade
Vai do poder a futilidade

A imponência contra o mundo
E nós no submundo

Somos vítimas do imperialismo
E também do nepotismo
Nos jogam do abismo
Será que teremos otimismo?

Bombas químicas e biológicas
Jogadas sujas e metódicas
Por dinheiro e poder
Doa a quem doer

Um homem sem visão
Um país tem nas mãos
Povo de nacionalismo doente
Que se acha onipotente

Passado, presente e futuro.
O homem não aprende
Continua burro

Documentos em vão, falsificação
Eles procuram alguém para culpar
Grupos eles vão inventar
Al-Qaeda e outros vão entrar

Os preços vão aumentar
Como vamos ficar?
Pra quê poder?
Senão se sabe o que fazer

Entre embargos e imposições
Os países rezam as negociações
Ah, Tio Sam nos deixe em paz!
Queremos que o teu país volte atrás

Respeitem as culturas e religiões
Cada país tem as suas atribulações
Titio Sam pare de ser pentelho.
Volte e vá se olhar no espelho.

Computar

Encontro virtual
Que coisa sem propósito
Louca e desproposital

Em frente à tela legal
Sem toque, sem olhar e sem beijo.
É sim uma coisa impessoal
E acabo perdendo o respeito

Sexo teclando
No colorido da tela
A tecla orgásmica
Uma letra goza

Sem cheiro e sem rosa
Vamos vivendo esta prosa
Na internet da vida, horrorosa.

Adeus ao amor
Adeus ao pudor
Viver gozando
Namorar teclando

Beija o monitor
Beija a placa mãe
Comendo a máquina
Alienar o povo sem ganância

"Big Bang" da vida

Meu sexo me destrói
Contrói,
Condói,
Meus amores e encantos

Os meus espantos são normais
De um mundo comandado por animais
Sem nocão, nação!
Vivi nesta caixa de pandora, evolução...

Dos meus desejos mais intrísecos
Dos meus sonhos mais eufóricos
Dos meus atos mais espansivos
Do meu sexo mais gozativo

Amo tudo!
Tudo isso!
Sem estrangeirismos
Sem egocentrismos
Vivo!

Quero gozar a vida em toda a sua plenitude
Com saúde, properidade,
Sem vergonha, sem limites,
Sexo, prazer, amor, gozo...

Sou eu vivendo de novo...

Bêbado Insano

Te olhar me arrepia o âmago da minha alma
Te ver, me faz gozar em pensamentos
Beijar-te... Não quero agora. Só te ver
Te ter em meus sonhos, te ver em momentos risonhos

Quero tocar-te, mas não tenho este direito
Restrito aos teus amantes
Sonho com seus beijos e imagino-os
Pelo meu corpo quente e clemente de teus lábios

Passeia pelo meu corpo como numa praça em dia sol
Quero deslizar por suas curvas, as mais perfeitas
Quero embriagar-me de vinho, cerveja e amor
Para derrapar pelas suas costas
Transcorrer as minhas mãos pelo seu sexo
Buscando o supra-sumo de meus desejos

Ah! A textura do seu corpo...
Quero penetrá-lo e ser penetrado por seu olhar
Sentir pulsar o seu interior e explodir em espasmos
Relaxados por você...
Amar você? Não, é mais do que isso...
Amo a nós dois!

Agonia de olhar

Sinto-me como um ferro corroído
Jogado na água oxidando
O meu coração sem brilho
Que chora e sofre

Por um amor sem futuro
Noturno
Lágrimas de sangue
Transbordam a minha alma

Se amar é sofrer
Não quero mais isso
Dói demais

Senti-lo é muito legal
O ser humano é muito louco
Porque sofre e gosta
Ao mesmo tempo

O coração aperta ao te ver
Os olhos enchem d’água
Ao te tocar
Pele com pele ao luar

Triste sentimento
Que alegra o meu dia
Tu és o sol da minha noiteE o calor do meu frio coração.

A morte do Sonho

A Morte do sonho

A magreza dos dias atuais
Leva ao desespero,
Ao menosprezo de viver
Sem ao menos agradecer

A saúde, a alegria o amor
Se escapa como gás
Só resta o vazio
Sombrio...

O tempo passa, se arrasta
E o maldito capital dita as regras
Do mundo perverso, narcísico
E insano do inverso que é viver cada dia

O sol nasce e adormece
A lua acaba sendo a companheira
Branca e serena
Cálida e solitária como um coração desacreditado

Que respira somente
Sem horizonte ou perspectivas
Das quatro estações destinadas ao homem...

A elevação dos sonhos se perde
Quase sem luz no fim de um túnel
Que é o universo, onde só algumas estrelas brilham
E se empilham num escuro claro resignado

O poeta chora lágrimas de pedra diante do mundo
Imundo de cobiças e corrupções
O dinheiro comanda e sem ele não somos nada
O egoísmo impera!

O descrédito dos humanos é maior que qualquer outro sentimento
Os desejos se perdem, o olhar mudou, se trancou...
Num oceano de concreto narcotizado pela paz
Hoje sou uma estrela fugaz

Andrezinhopoeta

Este Blog é destinado às pessoas que gostam de poesias e que gostam de expressar os seus sentimentos mais profundos ou profanos.

Espero que gostem, dêem suas críticas e interação constante.

Grande abraço,

André Gomes