A Morte do sonho
A magreza dos dias atuais
Leva ao desespero,
Ao menosprezo de viver
Sem ao menos agradecer
A saúde, a alegria o amor
Se escapa como gás
Só resta o vazio
Sombrio...
O tempo passa, se arrasta
E o maldito capital dita as regras
Do mundo perverso, narcísico
E insano do inverso que é viver cada dia
O sol nasce e adormece
A lua acaba sendo a companheira
Branca e serena
Cálida e solitária como um coração desacreditado
Que respira somente
Sem horizonte ou perspectivas
Das quatro estações destinadas ao homem...
A elevação dos sonhos se perde
Quase sem luz no fim de um túnel
Que é o universo, onde só algumas estrelas brilham
E se empilham num escuro claro resignado
O poeta chora lágrimas de pedra diante do mundo
Imundo de cobiças e corrupções
O dinheiro comanda e sem ele não somos nada
O egoísmo impera!
O descrédito dos humanos é maior que qualquer outro sentimento
Os desejos se perdem, o olhar mudou, se trancou...
Num oceano de concreto narcotizado pela paz
Hoje sou uma estrela fugaz
Sarau da Editora TextoTerritório
Há um ano
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